segunda-feira, 20 de julho de 2020

LÍNGUA PORTUGUESA



Nos contos populares, o ensinamento moral, algo que se quer ensinar aos ouvintes do conto, também é perceptível, apesar de não estar explícito. Neste caso, um dos conteúdos morais do conto é ensinar, por meio da história de Maria Angula, um estereótipo, isto é, um “modelo” de mulher ideal para aquela sociedade. Pensando nisso, responda:
 a).Quais são as características atribuídas à personagem Maria Angula?

b) Por que “quando Maria Angula se casou, começaram os seus problemas”? Quais foram as causas, segundo o conto, desses supostos problemas? Explique

ATIVIDADE 3 – 
Terror, mistério e assombrações no Brasil afora e os elementos da narrativa 
A internet também oferece muitas possibilidades de leituras de terror. É claro: precisa saber procurar, pois – nem sempre – os enredos apresentam qualidade e, além disso, essas histórias podem ser assombrosas de mais, não é mesmo? 
A seguir, leia o conto de terror “Igreja assombrada”, de Paulo Enrique Garcia:

Igreja assombrada
Paulo Enrique Garcia

Alguns anos atrás, quando eu tinha 18 anos, me mudei para Salvador com minha família, pois meu pai havia sido transferido pela empresa onde trabalha. Alguns dias depois, voltando do Colégio, eu vi um cartaz na porta da igreja, dizendo que precisava de zelador e decidi me candidatar à vaga. Depois de conversar com o padre, ele decidiu me dar uma chance e eu comecei no mesmo dia, meu turno seria das três da tarde até as nove da noite. A igreja fechava às sete, então, eu tinha duas horas para limpar o chão e os assentos. No meu segundo dia, coisas estranhas começaram a acontecer e eu fiquei assustado. Eram umas oito da noite e o padre havia ido jantar na casa de um amigo e eu fiquei sozinho na igreja, terminando a limpeza. Eu fui até o armazém da igreja buscar alguns produtos e, quando voltei – para minha surpresa – havia uma mulher vestida de luto, ajoelhada em um dos assentos e estava chorando. A princípio, eu pensei que tinha deixado a porta aberta, então fui me aproximando para falar com ela. “Desculpe, senhora, mas a igreja está fechada, a senhora pode voltar amanhã, às sete da manhã que ela já vai estar aberta” – disse eu à mulher, que continuou com a cabeça baixa e chorando. Vendo o estado da mulher, eu a deixei ficar por ali e, quando eu fosse embora, pediria para que ela saísse comigo. Continuei limpando e acabei esquecendo a mulher, até que escutei passos na igreja, quando eu olhei para a direção de onde vinham os passos, não vi nada e ela não estava lá. Corri para a parte de trás da igreja, onde eu tinha escutado os passos, porque pensei que ela tivesse ido para lá. Quando cheguei, não havia ninguém, então voltei para o saguão de missas e chequei todas as portas da igreja: estavam trancadas. “Onde está meu filho?” – escutei uma voz vinda do altar. Eu olhei e não vi ninguém, só vi um vulto andando e desaparecendo. Com medo, eu saí correndo da igreja e acabei topando com o padre na porta. Ele estava muito abatido, perguntei o que era, ele me falou que sua mãe tinha falecido momentos atrás e ele veio se preparar para viajar à cidade onde ela morava. Ele entrou na igreja e eu fui atrás ajudá-lo. A mulher estava outra vez ajoelhada no banco, quando passamos por ela, o padre a ignorou totalmente e ela me olhou tirando o véu que cobria seu rosto. O terror tomou conta de mim, a mulher estava pálida e chorando muito. Eu decidi não dizer nada para o padre, com medo de que ele pensasse que eu estava fazendo uma brincadeira de mau gosto. Fiquei apavorado, queria sair da igreja, mas não queria deixar o padre sozinho. Ele começou a fazer a mala e tirou uma foto da cômoda, meu sangue gelou novamente, a mulher na foto era a mesma que chorava na igreja. “Esta era a minha mãe, eu tirei a foto quando me transferiram para esta cidade, ela sempre pedia para que eu fosse visitá-la, mas, como eu sempre estava ocupado aqui, nunca fui. Agora, ela faleceu e eu nunca mais vou vê-la”. Disse o padre com voz trêmula. O padre foi para o enterro da mãe, por dois dias trabalhei somente pela manhã e enquanto a igreja estava aberta. Quando ele, finalmente, regressou, eu pedi demissão. Igreja, agora, eu só vou aos domingos, mas ainda morro de medo, vai que a mãe do padre ainda está vigiando do além!

Disponível em: http://www.contosehistoriasdeterror.com/2009/10/historias-de-terror_06.html. Acesso em: 28 dez. 2017.

2) Paulo Enrique Garcia mantém um site de livre acesso, no qual os leitores assíduos do blog podem ler seus textos. Trata-se de ficção e, como ele próprio chama, de contos e histórias de terror. Portanto, não são relatos reais. Sabendo disso, você deve ter observado que o narrador de “Igreja assombrada”, também participa da história. 
a) Retire, do conto, um trecho que comprove que o narrador participou do enredo, ou seja, da história. 
b).Quais as semelhanças você percebe entre os contos, além dos dois serem de terror?

c). Você acha que o fato de algumas histórias se passarem em determinados espaços (lugares) torna os contos mais apavorante?  É o caso das histórias de Maria Angula e Igreja assombrada? Explique.

d). Qual seria o clímax (ponto alto da tensão da narração) no conto igreja assombrada?


e). Continue o conto a partir deste ponto dando um novo desfecho: “ Onde está meu filho? ” – escutei uma voz vinda do altar.

f) Os contos “Maria Angula” e “Igreja assombrada” são, predominantemente, narrativos. Em relação ao tempo, empregado no enredo, qual é o tempo comum dos dois?

(   ) Presente
(   ) Pretérito/passado
(   ) Futuro

g). Copie dois trechos de cada conto que comprovam a sua escolha acima, ou seja, com trechos cujos verbos estejam no tempo em que você assinalou.

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