Crianças
imigrantes* na Cidade de São Paulo
* Imigrantes: são pessoas que mudam de país para morar em
outro.
A cidade de São Paulo tem relações estreitas com os
imigrantes desde a sua criação, em 1554. Mais tarde, no século 19, com o fim da
escravidão, a cidade foi um dos principais lugares no país que recebeu
imigrantes, para o trabalho nas lavouras de café. “No século XIX, vieram
Italianos, espanhóis e, um pouco depois, os japoneses”, explica o pesquisador
Thiago Haruo, do Museu da Imigração. O local, aliás, tem registros das
acolhidas e oferece um excelente programa de visitação, com fotos e objetos
históricos, além de origens de sobrenomes desses países.
A cidade continua em sua trajetória de receber imigrantes, com
diversos serviços oferecidos pela Prefeitura.
A Secretaria Municipal
de Educação possui ao todo 5.542 alunos estrangeiros matriculados nas escolas
da capital, 4% a mais que o ano anterior. O topo do ranking segue o mesmo de
2018, liderado pelos bolivianos, com 2.756 estudantes. Mas 2019 rendeu um
grande salto para o Haiti e a Venezuela. O maior aumento foi no número dos
haitianos, que cresceu 60%, seguido dos venezuelanos que quintuplicou no
período (veja ranking abaixo). A rede conta com alunos de todos os continentes
O primeiro aspecto a
ser considerado para realizar o acolhimento do imigrante na unidade escolar é
compreender que ele e sua família, ao chegarem ao Brasil, podem ter passado por
inúmeras situações adversas em seus países de origem, por exemplo:
• Violência física e/ou psicológica;
• Situações de guerras
ou conflitos armados;
• Perseguição
religiosa, política, racial, por orientação sexual ou de gênero;
• Extrema
vulnerabilidade social.
A obra do artista Kobra homenageia as vítimas
do coronavírus no mundo e pede pé para enfrentar a pandemia. 2020
O minidocumentário “Migração como direito humano: rompendo o
vínculo com o trabalho escravo” retrata a implementação e os resultados do
projeto de formação continuada de profissionais da rede pública de ensino do
município de São Paulo sobre temas da migração e do trabalho escravo. O projeto
faz parte do programa Escravo, nem pensar!, da ONG Repórter Brasil, que aborda
os desafios das escolas no atendimento à população imigrante matriculada.
Caso tenha interesse assista:
As unidades escolares
com forte presença de imigrantes promovem a cultura dos alunos estrangeiros. É
o caso da Emef Anália Franco, que celebrará o “Ano Novo Boliviano”, em agosto.
Na Emef Duque de Caxias a “Feira das Nações” é o evento que vai espalhar conhecimento
para os alunos de uma escola que tem uma particularidade, na unidade há
estudantes da Síria, Bolívia, Haiti, Marrocos, República Dominicana, Colômbia e
Síria, entre outros países.
Abaixo tabela com a
nacionalidades com mais alunos na rede, de acordo com a Secretaria Especial de
Comunicação:
|
País de Origem
|
Número de
alunos matriculados 2019
|
|
Haiti
|
1115
|
|
Angola
|
338
|
|
Paraguai
|
174
|
|
Venezuela
|
169
|
|
Peru
|
152
|
|
Argentina
|
117
|
|
Japão
|
103
|
|
Colômbia
|
71
|
|
Congo
|
49
|
fonte:Secretaria
municipal de Educação/SP
O Núcleo de Educação
Étnico-Racial conta com a Educação para Imigrantes e Educação Escolar para
Populações em Situação de Itinerância, que desenvolve ações e projetos de
prevenção e combate ao preconceito, discriminação, racismo e xenofobia e de
fortalecimento de múltiplas identidades étnico-raciais e culturais. Além de
planejar e promover formação continuada dos profissionais da Rede Municipal de
Ensino.
Atividades
1)
Observe
as duas imagens e descreva o que sente quando olha essas crianças com traços
diferentes.
2) Analisando a tabela, escreva no caderno as nacionalidades
das crianças que mais migraram para o Brasil
3) O que o minidocumentário “Migração como direito humano:
rompendo o vínculo com o trabalho escravo” retrata?
Fontes & Caso
queira saber mias um pouco
Estudantes Imigrantes: Matrícula e certificado
Venezuelanos e haitianos lideram matrículas novas na Rede
Municipal de Ensino
EMEF Infante D. Henrique, em São Paulo, foi destaque na
categoria Sociedade/Educação pelo trabalho desenvolvido com alunos imigrantes
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